segunda-feira, julho 02, 2007

Já ouviu Regina Spektor?

A compositora, cantora e pianista russa, nasceu em 18 de Fevereiro de 1980 e viveu até os nove anos em Moscou, de onde se mudou, durante a Perestroika (período onde era permitida a emigração dos cidadãos Judeus). Se estabeleceu em Nova Iorque, no Bronx, após passagens pela Áustria e Itália. Seu pai era fotógrafo e violinista amador e sua mãe professora de música, que lecionou na "Russian College of Music (Faculdade Russa de Música)" e atualmente em uma escola pública em Mount Vernon. O fato de os pais serem músicos fez com que Regina tivesse, na infância, contato com o piano; um "Petrof", que sua mãe havia ganho do avô.

Ainda em Nova Iorque, Regina formou-se na "Salanter Akiba Riverdale Academy (SAR Academy)" - um colégio particular yeshiva e judaico ortodoxo co-educacional - e depois dividiu quatro anos de estudos nas escolas "Frisch School" e "Fair Lawn High School", em Nova Jersey, onde concluiu seus estudos colegiais.

Em nova Iorque, aos 17 anos, Regina teve aulas de piano com Sonia Vargas, professora da "Manhattan School of Music (Escola de Música de Manhattan)", e quem o pai de Regina conheceu através do violinista Samuel Marder, marido da professora. A professora lhe garantiu um ensino profundo sobre música clássica e piano. Já que não podia mais contar com o Petrof, infelizmente deixado para trás durante a mudança da família, Regina então teve de praticar em mesas, tábuas ou em outras superfícies planas (tabletops), e em um velho piano encontrado no porão de sua sinagoga.

Regina sempre compunha canções em sua casa, mas a aptidão foi descoberta após uma viagem para Israel, em sua adolescência, onde atraiu a atenção de seus companheiros de viagem pela maneira com que criava suas canções enquanto caminhava. Nessa viagem, Regina teve seu primeiro contato com Joni Mitchell e Ani DiFranco, que a fizeram perceber que poderia criar suas próprias músicas. Começou a compor suas primeiras músicas "A capella" (Termo originado na Itália e que denomina canções cantadas sem acompanhamento instrumental, "como na capela") aos 16, e aos 18, aproximadamente, finalizou sua primeira música com voz e piano.Regina completou o programa de composição de estúdio de quatro anos do Conservatório de Música em "Purchase College" em Purchase, Nova Iorque, em apenas três anos, e se formou com méritos em 2001. Nesse meio tempo, trabalhou por pouco tempo em uma fazenda de borboletas na cidade de Luck, em Wisconsin, e estudou música por mais um semestre na Inglaterra, em Tottenham.

Suas influências vêm de artistas de vários gêneros (clássico, jazz, rock, hip-hop, punk), como Beatles, Queen e The Moody Blues; por meio do pai, que trouxe fitas cassetes da União Sovietica. Conviveu também com artistas de música clássica, como Frédéric Chopin. Passou a gostar de hip-hop, rock e o punk na adolescência.
Regina começou a se apresentar em sinagogas, conservatórios e bares, ganhando reconhecimento na cena anti-folk em geral no centro da cidade de Nova Iorque com performances em locais como "Living Room", "Tonic", "Fez", "Knitting Factory", "CB's Gallery". Durante esse período, ela vendia por conta própria cópias de seus discos lançados anonimamente (o "11:11" de 2001 e o "Songs", de 2002).

Clique para ampliarSeu estilo musical é composto por diversas técnicas e misturas de gêneros, e é associado ao sub-gênero Anti-folk. Regina possui domínio completo no piano/teclado, além de tocar um pouco de guitarra ("apenas em alguns casos", como ela mesmo costuma dizer). Em suas composições, aborta temas como o amor, alegria, tristeza, religião, morte e coisas comuns e rotineiras do dia-a-dia, e soma isso à boas doses de cinismo, ironia e sarcasmo depositados em detalhes e em personagens criados a partir de sua imaginação; Um dos mais destacados é a Mary Ann. Todos os elementos em sua música são tradados de forma sensível, inteligente e criativa. Várias referências literárias e musicais podem também ser encontradas em suas músicas.

Regina lançou seu primeiro disco, 11:11 (Eleven, eleven), em 2001, mas não teve uma grande vendagem, porém foi bem recebido pela crítica em geral. Songs, de 2002, foi o seu seguinte trabalho, mas também não seria como "Soviet Kitsch" (capa abaixo), de 2004, seu álbum de maior sucesso. Apesar do fato de Regina Spektor ser considerada uma das artistas mais criativas e originais hoje, há quem a compare com Fiona Apple e Tori Amos.


Sem opção de ampliaçãoNão somente pela voz doce e de timbre tão marcante, Regina também chama a atenção para diversas peculiaridades em suas músicas; como pausas, quebras rítmicas, mudanças de climas em uma mesma música, percussão em cadeiras, além de sonoridades produzidas por sua própria voz; como gemidos, gritos, sussurros, diálogos engraçados, e palavras e frases em latim, russo e francês.

Em 2003/2004, passou a abrir alguns shows para o Strokes e, consequentemente, a fazer apresentações para públicos maiores. Gravou também "Modern Girls & Old Fashion Men" com a banda, e o b-side saiu no single de Reptilia, do disco "Room on Fire". Participações em programas como "Late Night" com Conan O'Brien (duas vezes), "The Tonight Show" com Jay Leno (duas vezes), "Jimmy Kimmel Live", "Last Call" com Carson Daly (três vezes), "Late Show" com David Letterman, "CBS News Sunday Morning", "Good Morning America" e, mais recentemente, "Friday Night" com Jonathan Ross, lhe renderam uma grande divulgação/difusão e reconhecimento; seus shows passaram a ser maiores e citações começaram a surgir constantemente em jornais, revistas, sites, rádio e tv.


No palco, Regina conquista só pela presença. Dona do sorriso mais lindo e sincero que eu já vi, sua interação com o público e a maneira de se comportar são tão singularmente cativante. A timidez, a forma com que reage ao público, o sentimento e tom de sua voz ao agradecer constantemente, dizer "oi", sussurrar "eu te amo" em resposta a algum fã que grita antes, ou fazer comentários engraçados sobre suas técnicas musicais ou outros fatos, fazem com que ela pareça uma menininha em cima do palco. É inevitável rir, chorar, cantar e se emocionar com essa mulher que parece uma criança brincando de fazer música.Além de músicas de todos os seus álbuns, em 2005 Regina passou a interpretar alguns covers em seus shows; na lista, Madonna, Leonard Cohen e Beatles, entre outros.

Em 2006 "Begin to Hope", seu atual trabalho, foi lançado também no Brasil e é tão lindo e lírico quanto aos anteriores, porém menos experimental; o que não compromete em nada a sua qualidade. O disco é sensacional por completo, mas destaco minhas preferidas "Samsom", "On the Radio", a boba "Hotel Song" e "Après Moi", onde Regina canta versos do poeta russo Boris Pasternak, autor do clássico "Doctor Zhivago (Doutor Jivago)". Nick Valensi, guitarrista do Strokes, participa do disco na faixa "Better".

Regina atualmente está em turnê, fazendo apresentações em vários países (que não inclui o Brasil =\). Recentemente fez apresentações no "Coachella Festival" (na Califórnia, EUA) e no Bonnaroo Festival (em Manchester, Tennessee nos EUA). Regina integra também a grade de apresentações do Lollapalooza Festival, que acontece em agosto em Chicago, EUA.


DISCOGRAFIA:
- 11:11 (2001)
- Songs (2002)
- Soviet Kitsch (2004)
- Begin to Hope (2006)

OUTRAS COMPILAÇÕES:
- Mary Ann Meets the Gravediggers and Other Short Stories (2006)
Disco que contém gravações incluídas nos seus três primeiros lançamentos (coletânea).

VÍDEOS YOUTUBE:
Vídeo-clipes oficiais;
- Samsom
- Us
- Fidelity
- On the Radio

Apresentações Ao Vivo;
- Après Moi, Ao Vivo no Bonnaroo Festival 2007.
- Your Honor, Ao Vivo no Bonnaroo Festival 2007.
- On the Radio, Ao Vivo no "The Late Show", em 04/20/2007.

DOWNLOAD:
- Apresentação completa feita no Bonnaroo Festival 2007.
(Créditos: Comunidade "Regina Spektor", no Orkut)
Formato: WMV / Tamanho: 442MB / Tipo de Servidor: Http, link direto.

REGINA SPEKTOR, site oficial: http://www.reginaspektor.com/